sexta-feira, 16 de julho de 2010

A Essência das Organizações e a Gestão do Conhecimento


Se entendermos que a Organização tem uma profunda vocação primária de priorizar quase que exclusivamente o Capital e continuar usando, através do tempo, apesar de todo o discurso contrário, o Ser Humano como “uma peça” para esse fim, apenas confirmamos a relação desequilibrada de Ganha X Perde, do Capital X Trabalho. Imaginar que a Gestão do Conhecimento - e toda e qualquer outra disciplina, ciência ou tecnologia - venha para perpetuar esse tipo de existência e relação é entender perfeitamente por que em tempos de Guerras Mundiais há uma aceleração tão intensa em todas as ciências.
Mas esse pensamento/entendimento por ser extremado é também simplista.
Se, por outro lado, entendermos que a Organização, apesar de suas vocações primárias, pode ser um Espaço de Crescimento e Aprendizagem, mesmo e principalmente nos momentos de crise (nesses momentos de crise é possível reconhecer de fato o que está valendo e prevalecendo na cultura organizacional) , a Gestão do Conhecimento pode ser um grande veículo para facilitar e democratizar a Aprendizagem de todos na Organização.
A Organização, assim como o Homem, é contraditória e ambivalente. Para transcender essa dualidade é preciso conceber uma Visão Sustentável das Organizações, não como mais um “nome bonito”, mas como uma possibilidade concreta e construtiva de TODOS GANHAREM. Mas como conseguir isso na Prática? Como realmente disseminar e influenciar positivamente à todos os benefícios de uma Lógica Sustentável das Organizações? A Gestão do Conhecimento pode responder?
Em seu livro “A Organização que aprende rápido” Bob Guns diz : “Deve ser criada uma cultura organizacional para sustentar um ambiente que valorize pontos de vista diversos e as vezes, ou muitas vezes, conflitantes e que considere várias opções.” Talvez seja um poderoso primeiro passo que já está sendo dado em muitas Empresas através ,por exemplo, das comunidades práticas, o que vocês acham??

Postado Por: Malu Daparte

2 comentários:

Tatiana Fiks disse...

Muito bem colocado, este post nos permite refletir sobre as formas de gestão do conhecimento e destacar a importância de disseminar o aprendizado dentro das organizações através das chamadas Comunidades de Prática.

Adriano Araujo disse...

Encorajar pontos de vista diversos e conflitantes é uma abordagem ousada e que muitas vezes surpreende. Devemos estimular em vez de inibir esses pontos de vista desde que realmente estejam comprometidos com os objetivos das organizações.

Adriano Araújo