segunda-feira, 12 de julho de 2010

Como será que o conhecimento está sendo disseminado nas organizações?

Nada adianta ter o conhecimento trancado nas gavetas, nos armários, nos computadores, nos departamentos, e na própria cabeça, se não for estabelecida uma ampla disseminação para aqueles que fazem parte do negócio. O que acontece geralmente é que as pessoas vão embora das empresas, levando consigo todo o conhecimento armazenado, e deixando lacunas enormes no ambiente de trabalho, já que não houve um cuidado prévio de tratar e compartilhar adequadamente as informações com os demais membros da equipe. Em outras palavras, não se praticou a Gestão do Conhecimento.
O que faz as organizações funcionarem é o conhecimento. O conhecimento não é algo novo. Novo é reconhecer o conhecimento como um ativo corporativo e entender a necessidade de geri-lo e cercá-lo do mesmo cuidado dedicado à obtenção de valor de outros ativos mais tangíveis.
A informação e o conhecimento são as armas competitivas mais poderosas de nossa era. O conhecimento é mais valioso e poderoso do que os recursos naturais, grandes indústrias ou contas bancárias. Em todos os setores, as empresas bem-sucedidas são as que têm as melhores informações ou as que as controlam de forma mais eficaz – não necessariamente as empresas mais fortes. Mas, Capital Intelectual não significa um grupo de Ph.Ds trancados em um laboratório ou um Staff de Diretores com MBA’s. O capital intelectual é a soma do conhecimento de todos em uma empresa, o que lhe propicia vantagem competitiva. A gerência de ativos intelectuais se tornou a tarefa mais importante dos negócios, a necessidade de geri-lo e cercá-lo do mesmo cuidado dedicado a outros ativos mais tangíveis. Em resumo, a empresas não podem mais esperar que os produtos e práticas de sucesso do passado garantam seu futuro, cada vez mais elas serão diferenciadas com base naquilo que sabem.
Este é um processo que requer o envolvimento de todos, especialmente da alta gerência, que tem um papel fundamental no estímulo e incentivo, não só na implantação, mas sobretudo, no acompanhamento desta forma de agir das empresas que almejam se perpetuar no mercado.
A criação e a implantação de processos que gerem, armazenem, gerenciem e disseminem o conhecimento representam a mais nova empreitada a ser enfrentada pelas empresas. Trata-se muito mais de um conceito de gestão do que uma ferramenta tecnológica. É a capacidade da empresa captar, gerar, analisar, traduzir, transformar, armazenar, disseminar, implantar e gerenciar a informação, tanto interna como externamente, transformando em conhecimento acessível aos interessados.
O grande desafio é conservar a coerência entre o discurso e a prática nas várias dimensões da gestão do conhecimento. Gerir conhecimento significa, cada vez mais gerir pessoas e gerir a própria empresa. Por se tratar de uma mudança cultural de grandes proporções, envolve tempo, paciência e muita persistência daqueles que querem realmente fazer a diferença.

6 comentários:

Anônimo disse...

Tatiana,
Adorei o seu post, profundo e reflexivo. Melhor do que armazenar a informação, é compartilhar a informação e o conhecimento gerado. Para as empresas se perpetuarem, é fundamental que se tenha um processo bem definido de gestão do conhecimento e de comunicação.
Parabéns!
Adriano Araujo
http://toquenacucadagv.blogspot.com

Patrícia MDS disse...

Muito legal o post.
Concordo que é necessária a coerência entre o discurso e a prática na Gestão do Conhecimento, caso contrário, a iniciativa não irá gerar aderência e ninguém comprará a idéia.
Muito bom!!
Patrícia Dias
http://gcnewsfgv.blogspot.com/

Juliana Pires disse...

Tati, concordo plenamente...acredito que quando compartilhamos os nossos conhecimentos abrimos mais a mente para aprender outros e estimular que outros profissionais exercitem isso.
Parabens pelo post

Adriano Araujo disse...

Muito bom post, rico em conteúdo e direto ai ponto. Foi bem dito que conhecimento não é algo novo, novo é o reconhecimento do conhecimento como um ativo nas organizações. Temos um longo caminho pela frente para disseminar essa cultura no mundo corporativo contemporâneo.

Adriano Araújo

Unknown disse...

gostei deste post, acredito que o RH poderia contribuir muito em auxiliar na GC, principalmente na liderança da empresa, qdo falamos que todos tem que estar envolvidos, temos que estar cientes que o maior reflexo é na liderança que tem o papel de estimular, incentivar e acompanhar todo esse processo.
Parabéns!
Flávia Tonsa

Malu Daparte disse...

Tati,

E também como vamos estimular a Inovação das pessoas no trabalho, se nem "guardamos" direito o que elas já produziram??

Obrigada pelo post!!

Malu Daparte