terça-feira, 20 de julho de 2010

Comunidades de Prática: o lado direito do cérebro das organizações



Dentro dos diversos tipos possíveis de comunidades atualmente existentes, as chamadas "Comunidades de Prática - CoP" tem atraído um interesse crescente nas organizações. Elas são vistas como um meio de aprendizado através de pares, colocando a responsabilidade da gestão do conhecimento na mão de quem o usa, durante as práticas de suas tarefas do dia a dia. Hoje as comunidades de prática são associadas mais a grandes agrupamentos profissionais, com alto investimento no seu capital social, convivendo através de conexões fortes, com o objetivo comum de desenvolvimento e aprimoramento de uma prática específica. Como uma metáfora, podemos dizer que as CoP são como o lado direito do cérebro das organizações. Vejam só:
O nosso cérebro é composto de dois hemisféricos que assumem funções diferentes.
O lado esquerdo é o nosso cérebro formal e racional. Já o direito é lado não verbal, é o nosso cérebro intuitivo, das imaginações, tem capacidade de processamento paralelo, detecta padrões nas grandes quantidades de informação que tratamos, trabalha melhor com dados incompletos e imprecisos.
Para sermos criativos e resolver nossos problemas do dia a dia precisamos coordenar e usar os nossos dois cérebros. Cada um de nós tem suas habilidades mais centradas em um dos cérebros, algumas pessoas são mais criativas (usam mais o lado direito), outras são mais racionais (usam mais o lado esquerdo).
A nossa escola tradicional faz questão de nos educar de forma que o lado esquerdo prevaleça. As nossas crianças perdem a sua criatividade e imaginação pouco tempo após se sentarem nas carteiras escolares. Normalmente precisamos de um esforço adicional para tornar a liberar o nosso cérebro direito. O mesmo acontece nas organizações, elas precisam também liberar o seu lado direito do cérebro e saber conviver com o outro lado, da formalidade, da hierarquia, das chefias rígidas, dos processos racionais. Assim as comunidades de prática não são simplesmente desejáveis às organizações e pessoas no mundo de hoje, elas são essenciais.
Se você quiser saber qual dos seus cérebros prevalece, que estilo de pensamento que você mais usa no seu dia a dia, basta observar a figura ao lado. Segundo dizem se você enxergar a dançarina rodando no sentido dos ponteiros do relógio você usa mais o lado direito, é mais criativo. Caso contrário você é mais formal, racional. (clique sobre a figura)
Na verdade essa é uma figura ambígua que engana o nosso cérebro, dependendo do seu ponto de vista você vê coisas diferentes. O seu cérebro escolhe uma delas (dependendo da prevalência do lado esquerdo ou direito) e você tem que fazer um esforço adicional para ter a outra visão. Acredite se quiser!

5 comentários:

Unknown disse...

Tati,
Muito legal o post!!!
Interessante q no começo só conseguia ver a dançarina indo para esquerda e após só direita...rsrs
Patrícia Rodrigues Correia

Malu Daparte disse...

Tati, gostei muito da analogia que seu post faz com os hemisférios do cérebro e das comunidades práticas!!
É verdade, precisamos nas organizações ter lugares , comunidades, que trabalhem com o lado Intuitivo e Holístico do Conhecimento. Só assim a Organização pode tentar ser mais íntegra, no sentido de inteira e completa!

Malu Daparte

Unknown disse...

Amei!!!
Excelente!
Inclusive nosso lado esquerdo e direito refletem nossas práticas no corpo, porém de modo inverso.
Por exemplo; àquela pontadinha no ombro esquerdo, é reflexo de alguma coisa que incomoda no seu lado direito. Já se a dor´ou o incômodo é do lado direito, é um recado do lado esquero do cérebro.
Nosso corpo fala...
Bjs

Adriano Araujo disse...

Intrigante post! É importante que a maneira como as pessoas pensam seja reconhecida nas organizações. A partir deste ponto é mais fácil traçar um caminho para melhor aproveitar os talentos individuais.

Adriano Araújo

Malu Daparte disse...

" O Corpo Fala " livro do Pierre Wiel, é antigo, mas vale a pena ler!
Valeu Ana pela palavra, me lembrei do livro!!

Bjos

Malu Daparte